A vontade de escrever poderia matar, diria ela. Talvez fosse esse o motivo da insônia que combinada com um náusea avassaladora a impedia de fechar os olhos e sonhar com flores ou tsunamis. Talvez alguma força maior dando uma mãozinha para que ela encarasse o papel em branco. Um papel que ficou em branco por um longo tempo, enquanto ela o encarava a procura de palavras perfeita. Ficou em dúvida se realmente queria isso. Algumas tantas palavras perfeitas e frases de efeitos que amolecem corações e bambeiam pernas? Algo que deveria tocar algo, que ela não sabe o que, em alguem que ela não sabe quem? Ou provar para pessoas que ela era jeitosa em rimar?
Talvez só falar algumas tantas baboseiras sobre flores e tsunamis já seria suficiente, não fazendo sentido e terminando abruptamente.
Cara, escrever dá sono. Boa noite.