Meu olhar sustentava o horizonte, todo ele, com todos seus detalhes e pormenores. Era tanto, era muito, era pesado. Doía. Às vezes meus olhos caiam, quase piscavam, mas precisava daquilo, de todo o infinito. Meu corpo era vazio, de sentimentos, de alma, de amor. E cheio daquele horizonte, que me enchia de estafa, que me maltratava. Mas era tudo que tinha, tudo que dava a mim forma e matéria. Meus olhos oravam para que alguém os fechasse, deixassem enxergar por dentro, mas ninguém o fazia. Algum dia terei que levantar minhas mãos, e fecha-los eu mesma, não por eles, mas por mim. Ou talvez, eles sempre fiquem abertos. Sem piscar.


Fotos por Bárbara Fernandes, uma tarde de quarta-feira no campus do gragoatá.

2 reflexos.:

Felipe Teixeira disse...

Gostei do seu blog. Achei que ele se chamasse BaOH... tenso. NEM! Agora eu fiz um blog! Dá uma conferidjénha: http://brometodepotassio.blogspot.com/

ana sofia disse...

precisar de todo o infinito. acho que também preciso. acho que todos nós precisamos de um pouco de infinitude, tudo no mundo é tão finito...
lindo, lindo ^^
beijo

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